Há alguns anos, dois pesquisadores britânicos – Szymanski e Kuipers – analisaram o desempenho e o orçamento dos clubes em dez ediçôes da Premier League, de 1990 a 1999. A conclusão foi, aparentemente, óbvia e muito esclarecedora:
num período mais dilatado, as equipes que conquistam os títulos são as que pagam os salários mais altos, as que são capazes de contratar e pagar, a preço de mercado, os melhores jogadores disponíveis.
Claro que isso de forma consistente, sistemática. Podemos traduzir “salários” por orçamentos, como fez Aod Cunha na conversa citada, o resultado é o mesmo. Um clube pode, num “sprint financeiro” ou num ano particularmente bom, conquistar um título. Mas se não tiver consistência, estrutura, todo um planejamento e gestão sólidos, não conseguirá manter-se no topo e seguir conquistando títulos ou posições – Resumindo se não conseguir se manter com altos salários pode levar o clube ao BURACO.
Uma auditoria feita pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ mostra o quanto os clubes brasileiros gastam em salários dos jogadores na temporada 2011. Confira abaixo o ranking dos clubes com as maiores folhas de pagamento do país e ao lado a classificação no Brasileiro:
1 - Flamengo - 5,5 milhões - 4º
2 - Corinthians - 5,0 milhões -1º
3 - Fluminense - 4,8 milhões -5º
4 - Internacional - 4,7 milhões -7º
5 - Palmeiras - 4,5 milhões -12º
6 - Vasco - 4,1 milhões -2º
7 - São Paulo - 3,8 milhões -6º
8 - Grêmio - 3,6 milhões -9º
9 - Botafogo - 3,0 milhões -3º
10 - Cruzeiro - 2,7 milhões -16º
11 - Atlético Mineiro - 2,3 milhões -17º
12 - Bahia - 1,8 milhões -14º
13 - Coritiba - 1,5 milhões -11º
13 - Atlético Paranaense - 1,3 milhões -18º
*Observação: A diretoria do Santos preferiu não divulgar seu investimento no elenco atual.
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