PLANOS PARA 2012

Em matéria assinada por Rodrigo Sell e Allan Costa Pinto, o atual vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade comentou a respeito do planejamento orçamentário do Coritiba para 2012.

Inicialmente o orçamento prevê um gasto em torno de R$ 70 milhões para a próxima temporada, porém para manter o clube na estabilidade financeira desejada, um grande trabalho em torno dos R$ 67 milhões de dívidas deverá ser feito.
 O total de R$ 50 milhões de impostos atrasados com o governo foi negociado, bem como a quitação de dívidas trabalhistas e de credores, que giravam em torno de R$ 16 milhões. Para os outros R$ 17 milhões, o vice-presidente comentou ainda que espera manter a mesma política de negociação de curto e médio prazo para assim manter o clube na situação estável em que se encontra.

O resultado de tudo isso? "O torcedor acha que seu time é o melhor do mundo e que tem que contratar os melhores jogadores, mas não é bem assim", comenta Vilson.

O fato novo e muito usado na atual gestão é a política administrativa. "Hoje, o Coritiba é um clube estabilizado, mas é necessário cuidado. Não vendemos um jogador nessa administração e foi necessário uma ginástica enorme com credores e tudo o mais. O Coritiba investiu R$ 7 milhões na aquisição de jogadores e fez milagre graças ao trabalho do Felipe Ximenes (superintendente de futebol)", destacou o vice-presidente.

Assim o Coritiba inicia 2012 com um elenco montado. A título de curiosidade, algumas das vantagens em se manter a base do elenco, a exemplo de 2011, foram: a conquista do estadual, vice da Copa do Brasil, recorde nacional de 24 vitórias seguidas e vaga na Sul-Americana.

Mesmo assim, a atual gestão ainda administra um passivo de R$ 83 milhões. "A nossa gestão tem superávit, mas quando entra a dívida histórica muda tudo. Eu não diria que foi má gestão das diretorias anteriores, mas dificuldade de tocar um clube de médio porte no Brasil", comentou Vilson. "De R$ 15 milhões de dívidas trabalhistas, pagamos R$ 7 milhões e temos ainda R$ 8 milhões. Das outras, negociamos com credores prazos maiores e também contamos com alguns coxas-brancas que não cobraram juros", destacou o dirigente que explica como o trabalho para pagamento dessa dívida é feito.

O futuro é promissor e na próxima temporada o Coritiba lucrará mais com a verba disponibilizada pelos direitos de transmissão da televisão, vai negociar valores maiores de patrocínios e ainda trabalha com a possibilidade de lucrar também com a Copa do Mundo, o que ainda não o aproxima dos grandes clubes. "Temos hoje o 14º orçamento do país e, tirando o Atlético-GO, os outros times acima da gente gastam mais de R$ 100 milhões. O Cruzeiro e o Santos gastam mais de R$ 200 milhões e estão abaixo da gente", comparou Vilson.

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