René Simões: 'Poderia ter sido uma catástrofe'

Entre o céu e o inferno, entre o zero e os três pontos. A análise do técnico René Simões acerca do empate em 2 a 2 do Coritiba com o Botafogo foi definida em uma frase.

- Poderia ter sido uma catástrofe ou uma epopeia – afirmou o treinador.

Dono de frases bonitas e filosóficas, o treinador fez uma análise particular de como foi a partida.

Mas também não poupou críticas ao árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden.

- No primeiro tempo, estávamos montados para o contra-ataque. Estivemos lá, mas erramos o último passe. Se encaixasse, daria tudo certo: saia na frente e eles teriam de sair. Porém, não funcionou e tomamos o gol. Tivemos de adiantar a marcação no segundo tempo, adiantando os laterais, fazendo os deles baterem com os nossos. Tivemos a sorte do Jailton salvar o gol ali, tomamos conta e fizemos o empate. Se faz o 2 a 1, vira um caldeirão. O time sobe, mas não fizemos. Poderia ter sido uma catástrofe se perdêssemos ou uma epopéia caso aquele gol de falta entra – avaliou o treinador.

Além do pênalti não dado em cima de Marcos Aurélio, René Simões reclamou muito de como Vuaden conduziu o jogo.

- O quarto árbitro me disse que o Batista fez dez faltas. Um jogador que faz tantas faltas não pode ficar no jogo, mas não aconteceu nada com ele. Não é isso que faz o time errar o último passe. Porém, faz a diferença, assim como o pênalti não dado. Outro (Victor Simões) simula um pênalti e, por ter amarelo, não toma o segundo. É complicado.

A possibilidade enfrentar o Santos daqui a duas rodadas longe do Couto Pereira (por conta da perda de um mando de campo imposta pelo STJD) também causa irritação no técnico do Coritiba.

- Meu interesse é jogar aqui, com a nossa torcida. Estou tentando entender isso até agora. Sou contra a violência, acho que a punição tem que existir, mas é um fato inédito a equipe que estava fora do seu estádio ser punida. Não era o Coritiba que controlava os portões e a segurança. É muito ruim ter de jogar muito longe daqui, onde a nossa torcida incentiva muito – finalizou René.